sexta-feira, 27 de abril de 2007

Dia 24 a 27 de abril

Fronteira "Sixaola"

Dia 24 de abril, saída de Puerto Viejo.

Como minhas malas estavam prontas, foi fácil montar tudo na moto na terça pela manhã e, após pegar informações sobre o caminho, às 8:30h me fui. O que se passou nessa trajetória do Panama foi o seguinte: minha gordinha me dizia que tinha combustível suficiente pra 80 milhas, mas, pra pegar a estrada principal até a fronteira, eu teria que retornar uns 30km e andar, em direção ao sul, mais uns 40 ou 50 km. Entretanto, se eu tomasse uma estrada alternativa, seriam somente uns 40 km. ADIVINHA? ALTERNATIVO É COMIGO MESMO!
Peguei umas informações mais ou menos e tomei rumo ao sul em direção a MANZANILLO. Só que, antes de chegar lá, teria que tomar uma estradinha que se chama MARGARITA ROAD. Mas, era tão pequenina a entrada e no meio de umas casas que passei por ela sem ver. Somente a alguns uns quilômetros depois foi que me dei conta de que já tinha andado demais. Aí, retorno eu; pergunta de cá, pergunta de lá e, finalmente, achei essa estradinha estreitérrima, cheia de cascalho pelo meio da mata. Coisa mais linda! Até que em um ponto eu me deparei com uma árvore gigaaaaaannnnnte! Tive que parar pra tirar uma fotinho, o carro e minha moto que estão na foto parecem miniatura!

Doze quilômetros depois, encontro a estrada principal e toquei de leve pois, a estrada passava de boa a horrorosa em questão de segundos. O dia estava lindo e nem liguei. Mais uns trinta quilômetros e chego à fronteira. Estava um pouco ansioso pra ver como minha experiência nessa fronteira seria... sempre fico. Essa se chama SIXAOLA, e já vou adiantando, foi a mais tranqüila pela qual já passei. Assim também dizia o guia do LONELY PLANET; que essa fronteira era uma ótima opção para quem procurava uma travessia mais tranqüila devido ao baixo fluxo de pessoas.
Do lado da Costa Rica, entreguei a papelada e me cancelaram a permissão da moto e carimbaram meu passaporte. Os dois policiais da fronteira me pegaram de papo e depois de fotos com a moto e perguntas variadas, me mandaram seguir por uma ponte estreitíssima, toda em tábuas de madeira, não muito bem encaixadas por sinal.
Tive que atravessar meio que com os pés arrastando porque, se saísse da linha, estava fudido! Especialmente porque não havia grade de segurança ao lado e o tombo era de mais ou menos uns 30 metros. DESPACIO, DESPACIO, devagarinho, atravessei. Chegando ao lado do Panamá, estacionei a moto do lado de uma casinha onde uns três agentes que já chegaram cheios de curiosidade e me assistiram com tudo que eu precisava. Aliás, eu necessitei de algumas copias de documentos que eu já possuía, mas que estavam perdidas em algum lugar dentro de minha bagagem. E desmontar tudo não me pareceu uma opção plausível. Então, perguntei onde se faziam cópias e um dos senhores se ofereceu pra me acompanhar a um mercadinho mais adiante. Quando fui pegar meu capacete que se encontrava na bancada da guarita, ele me disse: “Pode deixar aí, ninguém vai tocar não, nós somos da aduana!” A idéia de ter meu capacete lindinho roubado não me agradava muito, mas, em um voto de confiança deixei e o encontrei no mesmo lugar. Estranhei não haver um monte de gente querendo cambiar moeda e, antes de fazer as cópias, perguntei a ele onde trocava meu dinheiro pela moeda local. Foi então que acabei descobrindo que a moeda do Panamá também é o dólar americano. Na verdade, as notas são de dólar e as moedas são “BALBOA” , o nome da moeda nacional, que tem o mesmo valor do dólar, porém com tamanho e cunhagem diferente.
Chegando ao mercadinho, (pra variar, de chineses...), comprei uma aguinha e fiz minhas cópias. Em 10 minutos tive todos os papéis em perfeita ordem, sem ter que pagar nenhum tostão e me fui. Ahhhhhh, que beleza as estradas! Eu pensei que, por estarmos tão longe de Panamá City, no lado do Caribe, eu ia encontrar umas estradinhas miseráveis como em TODA a Costa Rica, mas, NÃO! O asfalto era lindo e toquei em direção a PUERTO ALMIRANTE, o vilarejozinho onde tomaria a balsa para o arquipélago de BOCAS DEL TORO. Minha gordinha piscava no painel pedindo combustível, marcava 30 milhas até se acabar a gasolina. Meu mano Ivanzinho já teria tido um ataque do coração!! Ele é do tipo que, se a gasolina abaixa de meio tanque, já fica procurando posto de gasolina.. Hehehe, ia pirar se viajasse comigo! Até me lembrei de um episódio do SEINFELD em que o maluco do Kramer foi fazer um test drive e fez o vendedor entrar na sua loucura e adrenalina pra ver até onde eles conseguiam andar antes de o combustível acabar... Hahahaha!!
Bom, fui tocando, fui tocando e o computador de bordo só apitando, até que achei um posto de gasolina faltando somente 10 milhas para eu parar. Ufa! Ah! Vocês precisam ver o quanto o Panamá é verde... consegue ser mais verde que a Costa Rica! É LIIIIIINNNNNDDDDDOOOOO!

















E com a estrada boa, beirando o mar do caribe pelas montanhas, consegui aproveitar bastante a paisagem ao invés de ficar prestando atenção nos milhões de defeitos da estrada, como tinha que fazer no “buracão”, quero dizer, Costa Rica. PS: Bruno também é guia de turismo, então, um conselho pra todos: Vão à Costa Rica, se tiverem que passar por lá! Caso contrário, há outros paises na América Central que são tão bonitos quanto ela e muito mais baratos, com muito melhor infra- estrutura, menos poeira e com gente muito mais simpática e amável. Costa Rica é o pais mais desenvolvido da America Central? LADAINHA, de maneira nenhuma… até entrei numa discussão com um americaninho, surfista, que estava fazendo maior propaganda da Costa Rica pra um grupo de turistas australianos que acabavam de chegar. Quando pedi um único exemplo de qualquer parte da infra-estrutura pública que fosse melhor que da Guatemala, por exemplo, ele não conseguiu me dar! Quase todos os dias faltava luz, em muitos faltava água , as estradas são de ruim a péssimas, e tudo muito caro. Essa história de desenvolvimento é papo de AMERICANO que inflacionou o mercado imobiliário, vendendo propriedades que antes valiam 10 mil dólares que agora estão na casa dos 300 mil. (Info passada por um advogado que encontrei num restaurante). É bonito e tal, bem selvagem, mas não tem nada que não se encontre em vários outros lugares da América Central mesmo.
Voltando ao Panamá: cheguei a Puerto Almirante por volta das 11 da matina, e descobri que o Ferry pra Bocas tinha saído às 7 da manhã, e que - talvez - houvesse outro à 1:00 pm. Fui pedir informação na guarita e me disseram que “hoy no hay”, não existe um negócio fixo; às vezes tem, e às vezes não tem. Eu não ia esperar até o dia seguinte...












Então peguei a estrada em direção à cidade do Panamá. E que viagem agradável! Verde que não acabava mais, cheiro de mato, e uma estrada cheia de curvas e paisagens exuberantes: da costa oeste à leste, passei por dentro de quatro reservas florestais. Gostaria de ficar mais tempo, mas estava decidido a chegar à cidade do Panamá e tomar rumo à América do Sul.
Quase chegando ao lado do Pacífico, cruzei com dois malucos em bicicletas carregadas. Acenaram para mim e eu imediatamente freei e retornei, indo ao encontro deles. Era um casal de franceses, Christelle e Jeremie, que venderam tudo na Franca e estão dando a volta ao mundo de BICICLETA!


Programaram para dois anos a viagem inteira. Já estão há nove meses rodando, já passaram pela África e América do Sul (com exceção do Brasil). Daqui chegam aos EUA e de lá voam pra Austrália, Nova Zelândia, China, Mongólia etc e tal. Dêem uma olhadinha no site deles que tem todo o itinerário, diários e fotos também; só que ta tudo em francês. (Mari Mansur.. pra ti vai ser bico, né?) Check it out: http://www.lemondeavelos.com/ Isso sim é que é aventura.
Eles me disseram que estão loucos pra fazer todo o Brasil de bike, mas, como o país é muito grande, irão retornar à América do Sul exclusivamente pra rodar o Brasa! Me convidaram pra acompanhá-los e servir também de guia. Putz, eu ia adorar! Estendi o convite ao meu maninho, Samuhka, que adora andar de bike.
Lejos, largo, far away a tal Cidade do Panamá! E ainda o tempo fechou e a chuva começou a cair forteee!!! Rain Gear e me vou… 200km depois pára de chover e abre o maior sol! Parei na cidade de SANTIAGO. Mais uma que é da família e não sabia! Vocês nem acreditam o que comi: McDonaldssssss!!!! Depois, tiro Rain Gear e toco. A partir de Santiago a estrada vira dupla e toco o pau. Passei por um pedágio e logo depois um policial me parou pra averiguar tudo. Foi super simpático e me liberou rápido.












Mais próximo à Panamá City há uma série de praias, algumas particulares, em condomínios, e outras públicas… tava cansadaço e até pensei em achar um lugar e passar um dia na praia, só pra não dizer que não conheci nada no Panamá. Mas, mudei de idéia, fazia tempo que não andava e... putz, mano…. Time is running out! Cruzei o Canal na Puente de las Americas e uns 6km depois estava no centro da Cidade. Já era noite, mas, queria perguntar sobre o frete da moto para a Colômbia. Então, decidi ir ao terminal de carga do aeroporto, a uns 20k do centro. Queria saber tudinho que era pra adiantar. Fui à Copa Airlines que me informou que eles tinham um vôo semanal e que saía aquela noite. Putz…. Pensei, vou ter que passar uma semana aqui! Mas, felizmente, havia uma outra companhia que voava diariamente, a GIRAG, que estava fechada, e teria que retornar no dia seguinte.
Blá, blá , blá... retornei, achei um hotelzinho, e,14 horas depois de ter deixado Puerto Viejo de Talamanca, Costa Rica, fui recompensado com um bom banho quente e uma comidinha local. Ahhh, Panamá é bem baratinho… mas bem mesmo, em relação à Costa Rica.
Acordei de manhã, com a zoeira das buzinas, carros e ônibus. Por falar em ônibus, é bom saberem que todo o transporte público na América Central é feito por esses ônibus, que eles chamam de “chiken buses”, são sempre coloridos e com música Torando na maior altura. Mas, aqui no Panamá, eles levaram a pintura dos ônibus a um outro nível: o artístico!




























Eles competem entre si e os motores são todos turbinados e barulhentos. Então, resolvi retornar ao terminal de carga e lá conversei com a gerente de exportação. Ela falou:”Amanhã é quinta, não tenho espaco no voo, mas tenho pra sexta. Só me traga a moto aqui na sexta, antes das 10 da manhã, que ela sai daqui de noite e às 8 da manhã do dia seguinte você pode pegar ela em Bogotá.” Putz… rapidaço! Aí eu pergunto se tínhamos que fazer algum papel, uma reserva ou algo assim; e ela me olha e me diz: “La garantia soy yo!” Hahaha! A cidade do Panamá e muito maneira mesmo, pena que choveu todos os dias e não deu pra sair durante o dia pra tirar fotos.. I’m Sorry!! Cada chuva de arregaçar!




















Assim que retornei ao hotel peguei minha câmera, capacete e, quando pisei fora do quarto, explodem aqueles trovões que mais parecem bomba. E tome chuva! Só parou à noite, quando pequei minha Gordinha e fui a uma península, um bairro, da cidade. Maravilhoso! Bares, restaurantes, lojas, iates e mais iates. Lindo! Lembrou demais Fort Lauderdale! Mais tarde, um americano que conheci no lobby me disse que Panamá City é conhecida como Mini Miami! Concordo! Tem as parte ruins é lógico, mas, é cheia de avenidas e ruas bem arborizadas, prédios lindos em frente ao mar! Show!
Dia seguinte fui ao Porto de Balboa pra ver como seria mandar por navio… LONG STORY SHORT : era muito demorado e complicado! E tome chuva na cabeça! O tempo fecha em minutos e... tome água! Noite: ranguinho no Hard Rock Café, em frente ao mar. Depois, hotel e cama! Amanhecendo, fui logo cedo levar a moto porque meu vôo para Bogotá saía às 11:00 da manhã. Vapt Vupt, foram todos muito eficientes fazendo a papelada, pesando e tal e ainda me deram uma carona pro aeroporto que é longe pacas.

FUUUIIIII, ADEUS, AMÉRICA CENTRAL!


segunda-feira, 23 de abril de 2007

Dia 16 a 23 de abril

Orquídea em Punta Uva

Dia 16 de abril, noite…

A festa ontem ficou pra outro dia, tava pregadaço, e ficamos só de papo com um grupo de israelitas. Há mais de vinte aqui em “Tranquilo”, um pessoal extrovertido e divertido. As meninas israelitas são muito simpáticas e bonitas ! Mais tarde um pouquinho, chegaram as duas inglesas, gente finíssimas que havia encontrado em Montezuma, a Alexa e a Haley (igual ao cometa...). Aliás, encontrei um montão de gente que já havia encontrado antes, desde a Nicarágua. Parece que a galera faz meio que uma via sacra, passando pelos melhores lugares em cada país, e todos acabam se encontrando novamente. Eu e Haley ficamos montando um castelo de cartas que, por sinal, caiu várias vezes até que conseguimos terminar. “BLOODY HELL”, reclama a Haley, “faltaram cinco cartas pra terminarmos! Tiramos fotos e pratiquei bastante o sotaque inglês… tão bonitinho!


No dia 17, depois daquele cafezinho básico, o programinha de praia. Na parte da tarde retornamos ao hotel onde encontramos o Walter, aquele holandês que havíamos encontrado em Montezuma. Nós nos juntamos a ele e às inglesas e cozinhamos um rango, e por ali mesmo nos quedamos. Já era 11 da noite quando resolvi empacotar as coisas pra sair de madrugadinha, bem cedo, de viagem em direção à costa do Caribe a um lugar chamado Puerto Viejo de Talamanca, a uns 60 km da fronteira com o Panamá. Amanhã, dia 18, é aniversário da Sarah, a Canadense que conhecemos em Montezuma. Ela irá celebrar em Puerto Viejo e resolvemos nos encontrar por lá.

Dia 18, 4:30 da matina.Levantei com o despertador e fui fazer um café. Heidi ainda ficou de bobeira no quarto porque é uma grande “Schlaft Mutzer” ou “Sleepy head” ou Dorminhoca. Amarrei tudo na moto e às 5 e pouquinho pegamos a estrada em direção a Paquera, onde tomaríamos o ferry das 6 para Punta Arenas. Mas, chegando lá, eles haviam cancelado o das seis e tivemos que esperar até as oito, o próximo. Lá mesmo no porto tomei um café da manhã bem reforçado e típico da América Central: Gallo Pinto (uma mistura de arroz com feijão preto bem sequinho), ovos mexidos e torradas.

Sentado na sombra, esperando o horário do ferry, conheci uma galega de Cape Cod, Massachussets, que já estava na Costa Rica há mais de 6 meses e, por isso, sua jornada havia chegado ao fim. O dia estava espetacular e fiquei no lugar mais alto do ferry, só curtindo a paisagem. Aí se aproximou um grupo de cinco tiozinhos do Wyoming e começaram a bater papo comigo. Eram todos motoqueiros, mas nunca se aventuraram pras bandas de cá. Ficaram todo o tempo de duração da viagem fazendo perguntas sobre os países e dificuldades pelas quais passei, porque estão programando retornar com suas motos, no próximo ano. Trocamos endereços de e-mails e tiramos fotos.

Partimos em direcao a San Jose, uma cidade bem grandinha e moderninha em relação às outras trocentas que cruzei na Costa Rica. Mas também não é lá grandes coisas não. Depois de conseguir informação decente para meu destino, achei a estrada Braulio Carillo que vai até Limon, e essa foi a melhor estrada que encontrei por aqui. Apesar de ser simples, tinha pelo menos um acostamentozinho! Putz... muita carreta a 10 km/h e ultrapassagens foram, na maioria das vezes, um pouquinho chatas. Quando chegamos aos limites do Parque Nacional Braulio Carillo….WAW!!!!!!!! uma região de montanhas imensas, cobertas pelas mais densa floresta tropical que há no país. Uma das pessoas a quem pedi informação aconselhou-me a não ficar parando na estrada pra sacar fotos porque era perigoso, pois, os malandros ficam de butuca nos lugares mais bonitos e panorâmicos só pra limpar a turma. Então, acabei não tirando nenhuma foto na estrada. Mas, a paisagem e tão deslumbrante que vocês não fazem idéia. Samambaias tão grandes que - sem exagero – a gente poderia fazer o teto de uma cabana usando só uma meia dúzia de folhas dessas samambaias. (Imagens disponíveis no Google Images… maravilhas da internet!) Infelizmente não vou ter a oportunidade de retornar pra fazer um hike até um hotel no ponto mais alto do parque, onde há um alojamento em se podem alugar redes ou dormir em colchonetes no chão. Segundo o Guia da Discovery (Lonely Planet), os guardas florestais não permitem que se inicie a trilha depois de 10 da manhã porque, em média, leva-se 8 a 10 horas pra alcançar o alojamento, principalmente porque todos os mantimentos e água têm que ir na mochila. Talvez na próxima!!!
Às 5 da tarde,chegamos a Puerto Viejo de Talamanca e fomos ao hotel que Sarah havia nos informado; chama-se Rocking J’S, e pertence a um americano muito doido do Arizona.

































É um lugar em frente ao mar em que se pode abrigar muita gente, tem barracas, redes e alguns poucos quartos. O lugar ta sempre abarrotado de mochileiros e surfistas do mundo inteiro. A decoração é única, vocês vão ver nas fotos que lugarzinho mais doido! Aqui também encontramos mais gente conhecida: duas outras canadenses e um grupo de australianos que anteriormente havíamos encontrado em Motezuma.


Festa, fogueira na areia, violão, cerveja e aí vocês já viram, né? Festa pouca é bobagem! Ahhhhh, detalhe: Sarah mandou um e-mail dizendo que não conseguiriam sair de Dominical e que iríamos perder a festa que aconteceria lá! Tudo beleza, sem grilo!
No dia 19, pela manhã, já acordei e fui dar um pulinho no mar, que fica aqui em frente e é cheio de corais e piscininhas, mas não é muito bom pra nadar.



Depois que a Schlaft Mutzer da Heidi acordou, acabamos nos encontrando no café aqui do lugar e fomos a PUNTA UVA. Ahhh, que coisa linda! Mais uma vez me lembrei de Belize: água transparente, areia branca e muito reggae! Aliás, é só o que se escuta aqui por essas bandas. Aqui e onde a população negra da Costa Rica reside. Na costa do Caribe, ouve-se o “Garifona” e também o “Patwa”. Devo ter passado umas seis horas na água e outras quatro na rede, em frente aquele mundão de água transparente e areia branca.

Dori teria inveja...



















No dia 20, chegamos a um vilarejo mais ao sul ainda, chamado Manzanillo, onde fomos recebidos com muita cortesia pelos locais e resolvemos comer algo.


















Mandioquinha frita e cerveja…. Quando pedi replay na porção de mandioca, putz, tinha acabado a YUCA, mas, o garçonzinho, bem simpático, querendo agradar de todo jeito, me mandou esperar um pouco. Dez, quinze minutos e nada dele aparecer… até que voltou com uma porção de um aperitivo local: “poquitos de Paracones”, que são uns mini-barquetes de PLANTANOS VERDES FRITOS, recheados com diversas iguarias, incluindo peixes, camarões, feijão, queijo, salsicha e outras coisas mais… Delícia!


Após enchermos a pança de leve, tomamos uma trilha até Punta Mano, que é a última praia antes do Panamá. Porém, como já era tarde e não daria pra ir e voltar antes de escurecer, voltamos. Não alcançamos a tal da praia, mas essa trilha foi descrita pelo guia do Lonely Planet como o lugar mais intocado do país. Tirei algumas fotos pra vocês verem. Pela trilha avistamos iguanas diversas, pássaros mil, e um único bicho preguiça que, lá no alto, de costa pra mim, parecia estar congelado. Nas prainhas do caminho nem um sinal de poluição, nem um papelzinho, nem uma bituca de cigarro. Lindíssimo e selvagem! Água de coco não falta, é só conseguir derrubar os danados! Valeu a pena!




Hoje já é domingo, dia 22, (Domingão!) e os últimos três dias foram quase um replay dos anteriores; praia, sol, água, frutas e muito papo com muita gente que ainda nem sei o nome. Aqui no Rocking J’s é um ótimo lugar pra se encontrar pessoas: durante a noite tem fogueira (feita pelos funcionários...) e uma cantinazinha que ta sempre cheia, todas as noites, onde o som come solto.














A VIDA TA DIFICIL… TO COM UMA VONTADE DE TRABALHAR QUE NAO IMAGINAM! Como dizia meu amigo Arturo na Guatemala… “Às vezes me bate um sentimento de irresponsabilidade que me faz sentir tão bemmmmm!!!” Hehehehe!
Ontem, sábado à noite, eu e Heidi fomos achar algo pra comer e o dono de um restaurante “internacional”, o Andrew, nos disse que hoje seria o último dia de funcionamento do restaurante na temporada e, por isso, o bufet seria com tudo que eles tivessem…Ai que fome!!! Nós nos reunimos com dois ingleses, a Charlotte e o David, e fomos lá comer. A Charlotte e o David são primos e compraram aquela passagem aérea com que se pode dar volta ao mundo com quatro paradas por continente. Estiveram já na Tailândia e tudo mais. Amaram lá e disseram que até se sentiram mal por ser tudo tão barato. Contaram que faziam refeições à base de lagosta, camarões e peixe todos os dias, e o preço médio que pagavam era em torno de 1 (UN, UM, UNO, ONE...) euro por refeição!! BARAAAAATO!! Bom, voltando ao assunto: O restaurante tava lotadaço e nos puseram numa mesinha lá no fundo, em um jardim onde havia uma meia dúzia de mesas, todas lotadas. Fui me servir e na volta tem-se que passar por um corredorzinho escuro que tem um degrauzinho de mais ou menos uns 10 cm de altura… adivinha o que aconteceu? Bom de prato cheio na mão, chutei o desgraçado com toda a força… AAAAAIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!! Foi tão forte a batida e a dor foi tanta que achei que havia quebrado o dedão! E tome gelo no pé!


Tive que esperar uns 10 minutos antes que conseguisse comer algo, mas, assim que tive condições… COME, COME, COME... pra esquecer a dor. Exxxxcelente, tinha rango de todo tipo: comida típica caribenha, tailandesa, árabe etc. Saí de lá triste de tanto comer. Voltamos ao hotel e às 9:30h já estávamos todos fazendo meia noite. Vou voltar a escrever somente de Bocas Del Toro, uma ilha no Caribe Panamenho. Amanhã cedinho Heidi retorna pra Guatemala porque tem que encontrar a Bettina e tomar o avião de volta para Alemanha, e eu me vou mais uma vez solo. Vou sentir falta dessa maluquinha! O lado bom e que já tenho lugar pra dormir em dois lugares diferentes da Alemanha..hehehe!!! Fuiiiiii

Segundona, dia 23, acordamos às 5 da matina, pois ia levar a Heidi ao “centro” onde pegaria o ônibus de retorno a San Jose. Ficamos ali de papo até que o ônibus chegou, em cima da hora. Tiramos umas fotos e nos despedimos; Heidi chora de lá e me emociono também. “ Girl, you are a sweetheart, and I hope to see you soon, I’ll miss my travel companion, crazy, wonderful girl you are!!”
O ônibus ficou parado no ponto mais ou menos uns 50 segundos, só o suficiente pra galerinha subir e já se foi! É estranho o sentimento da possibilidade não se ver mais as pessoas que conhecemos e a quem nos apegamos... ou as vermos em um tempo muito distante... na grande maioria dos casos, as chances de reencontro são pequenas e isso me deixou um pouquinho introspectivo e triste. Mas, a vida é assim mesmo, né? Tudo depende de hora e lugar.
Retornei ao hotel e tirei uma soneca porque ainda eram 5:45 da matina. Ao acordar fui arrumar toda minha tralha... AI, QUE CONFUSAO! Depois de conseguir amarrar tudo na moto, tomei um café ali mesmo no restaurante e saí atrás de combustível. O computador de bordo me dizia que havia gasolina suficiente pra rodar 40 milhas, ou seja, mais ou menos 60 km. Bom, em Puerto Viejo não tem posto de gasolina e o mais próximo era a mais ou menos uns 50 km na direção oposta à que eu precisava ir. Mas, me indicaram uma casa na cidade que vendia gasolina… LONG STORY SHORT: rodei um tempão tentando achar o lugar e, quando o encontrei… só havia um galão de combustível, mais ou menos 3,4 litros. Mandei ver! Aí já era quase meio-dia e, ao retornar ao Rocking J’s, o Eric (um dos sócios) me recomendou esperar até o outro dia porque já estava um pouquinho tarde pra tentar ir ao arquipélago de BOCAS DEL TORO. Fiquei por ali mesmo, nadei um “cadim” e, mais à noite, reuni com um grupo de australianos e neozelandeses e ficamos de papo até altas horas. Boa noite! Ou melhor: “PURA VIDA”! É, aqui na Costa Rica não se diz tchau, hasta la vista, ou qualquer outra coisa, se diz Pura Vida, o que é um tipo de “Axe”, “Aloha” ou qualquer coisa assim.Então, PURA VIDA pra vocês!!!

domingo, 15 de abril de 2007

De 9 a 15 de abril

Dia 9 a 15 de Abril

Saímos em direção à Costa Rica, lá pelas nove e meia e mais ou menos. Uma hora depois alcançamos a fronteira, onde tudo era feito mais ou menos como em outras fronteira. Aliás, a pior parte de todas essas viagens são realmente as fronteiras, principalmente se estiver viajando sozinho.

Bom, ainda no lado da Nicarágua uma brasileira viu a moto e já veio logo falar comigo. O nome dela é Tiffany e está morando em San Jose, gerenciando um café pra um inglês. Doidinha de tudo! Extrovertida é pouco, fala mais que pobre na chuva, mas é gente fina que não acaba mais! Tiffany, se você ler isso no blog, por favor, contate-me porque eu perdi seu e-mail, telefone e endereço. Gostaria de entrar em contato com você quando passasse de volta por San Jose! SORRY!!!! Prometo que vou revirar toda minha bagagem novamente pra ver se encontro, mas ta dificirrrr!!!

Do lado da Costa Rica havia mais ou menos umas 300 pessoas na fila, na minha frente, mas, pra frente do meio da fila estava a Tiffany! Ela logo já me encaixou lá, porque havia chegado uma meia hora antes e tinha conseguido pegar uma boquinha na fila! Puta que calor! Ali nós ficamos de papo, ela me deu umas dicas e falamos do Brasil! Ela e mais três amigas nicaragüenses visitaram cinco lugares em quatro dias na Nicarágua, durante a Semana Santa. Nem dormiram. Haja energia! Depois de muita espera, passamos pela parte do visto e aí tinha que fazer papelada para a moto, comprar seguro e o escambal! Nesse ínterim, conversei com três malucos em português: dois que tinham vivido no Brasil e um que tinha uma irmã vivendo aí. Muito simpáticos todos... Vi aqui mais bandeira e camisas do Brasil que dos próprios países por onde passei. Talvez porque não tenha reparado direito, mas é a impressão que tenho.

Depois de quase 4 horas entre filas e escritórios entramos na Costa Rica. Cinco minutos depois tudo ficou verde… a secura da Nicarágua ia desaparecendo como num passe de mágica! É muito verde e um calor do peru! Logo, uns 100 km depois, paramos em LIBEIRA pra tomar algo e vem um maluco, o Edward, um guia de turismo Costaricense, (não costariquenho, como se diz no Brasil), e me presenteou com um mapa e várias dicas de lugares e estradas. Ah, as estradas…… Bom, meus amigos guatemaltecos já haviam me avisado sobre elas: só tem mato e a grande maioria é de terra! Um poeirão danado… um buracão só! E é tudo bem caro, o dobro (ou mais ) comparando com Guatemala. A estrada Interamericana, que cruza toda a América Central, passa de perfeita, sem nem um buraquinho, na Nicarágua, a uma estradinha sem nem um metro de faixa pintada e cheia de buracos e remendos… horrorosa!

De Liberia fomos para Playa Tamarindo, um lugarzinho bonitinho, cheio de lojinhas diversas, oficinas de surf e agências de turismo pra levar a turistada pra pescar, mergulhar e passear nas ilhas! Achamos um hotelzinho de uma suiça que está lá há 13 anos, e agora está vendendo o hotel por 1.6 milhões de dólares. Alguém aí tá a fim?



Já era noite e, depois do banho, saímos pra comer. Logo na saída do quarto, conhecemos dois americanos que são instrutores de surf, além de um grupo de seis argentinas super animadas e – todas - apaixonadas pelo Brasil. Elas conhecem muitos dos nossos lugares, cantam tudo quanto é música brasileira. Quando retornamos para o hotel, lá estavam eles, com churrasqueira, música e todo o arsenal característico de farra. Então, não me deixaram em paz enquanto não toquei Garota de Ipanema e Tribalistas. Hahahaha! Ali ficamos de bobeira, a conversar e tomando uma cervinha até tarde. Ao nos despedirmos, eles me passaram e-mails e endereços em Buenos Aires pra quando estiver passando por lá me levarem pra um tour! Showwwwwwwwwwww!!!!

No dia seguinte, acordei mais cedo e fui usar a net pra mandar noticias de minha vida lá pra minha casa…galera preocupa dimaaaaaiiiiisss!!! Todo mundu mi ama.. vixi! Tudo de bom!!! Mais tarde, programinha: praia, frutas, ondas, entre outras cositas mas! Inclusive chutei uma pedra e arranquei um tampão no mindinho; nada que a água de sal não cure! Mas, tirei foto pra verem que também sofro e não despertar tanta cobiça (palavras da minha mãinha!)

AARRRGGHHH...













Na parte da tarde, fomos conhecer mais duas praia onde, supostamente, as ondas eram boas: Playa Negra e Playa Avelanas. E tome poeira… Então, em um instante, de repente, “não mais que de repente”, um banco de areia enorme! Shhh shhhhh shhhhh (pra quem não sabe, é o barulho da moto deslizando na areia) Mas, novamente, a sorte e a destreza do piloto impediram a queda… ufa!

Playa
Avelanas















Playa
Negra


















Dá o pé Loro...
ou dá tchauzinho.

Não havia quase ninguém na praia, dois ou três surfistas, só tomei uma cerveja no buteco e retornamos pra Tamarindo. Nada demais! À noite fomos a um Rock’n Roll no hotel da frente, com música ao vivo e a turistada só dançando. E conversamos e conversamos! Putz, conheci um monte de gente nesta noite: suíços, suecos, holandeses, belgas e por aí vai… nem me perguntem o nome de ninguém porque não sei!

Dia seguinte saímos em direção à Costa do Caribe. Foi então que me lembrei das palavras do Edward, o maluco que encontramos em Libéria: “ MAN, IT TAKES FOREVER TO GET ANYWHERE IN COSTA RICA”. O que na hora me chocou porque eram só 230 km de Tamarindo a San Jose!! Mas, aí, entendi o que ele quis dizer, pois, logo, uns 60 km depois, começou a cair aquelas chuvas típicas tropicais, com gotas d´água do tamanho de bolas de gude. Paramos então, almoçamos e esperamos acalmar um pouco. Logo que amainou, nós nos fomos ainda com chuva. E assim foi o resto do dia até alcançarmos ESPARZA, a 90 km aiiiiiiiiiinnnnnda de San Jose! Pouco progresso, muito trânsito, acostamento não vi, buracos, remendos! Putz! encostamos e achamos uma pensãozinha e ali mesmo ficamos.



A Heidi (que quase não gosta de dormir...) às 8 da noite já estava fazendo meia-noite. Eu fui caminhar pra achar algo pra comer! Um lugarzinho marromenos, supostamente perigoso!


É o próprio...

Retornei e fiquei assistindo Vasco X Botafogo e acabei adormecendo com a TV ligada. Na manhã seguinte resolvemos mudar os planos. O lugar na costa do Caribe era longe, com essas estradas, e uma serra de quase 4000m de altura, trânsito enorme e, além disso, o pouco tempo que a Heidi tem pra conhecer por aqui... Por isso, resolvemos retornar à península de Nicoya, a um lugarejo chamado Montezuma, onde os pais da minha amiga Gloria vivem. Eles se aposentaram nos EUA e estão morando lá! Logo, às 6:30 da matina, pegamos a estrada em direção a Puntarenas, uma cidade às margens da baía de Nicoya. De lá, tomamos uma balsa em direção a PAQUERA, uma cidadezinha na parte sudeste da península, e de lá seguimos em uma viagem ótima até MONTEZUMA, a uns 40 km de distância. E, para minha surpresa, a estradinha, apesar de estreita, era asfaltada até 8 km antes de Montezuma! No caminho vimos falcões, iguanas e muitos pássaros. Essa parte sul da península é muito mais verde e cheia de vida que o outro lado onde estávamos!
















Chegamos a esse vilarejozinho ínfimo, entretanto, cheio de barzinhos, restaurantes, hotéis e pensões. Logo que descemos, conhecemos uma chica canadense, a Sarah, seu irmão Brandon, e um suíço, o Oliver, que nos sugeriram o lugar em que estavam ficando: oito doletas por noite, com banheiro compartilhado, mas,muito limpinho, pelo fato de o lugar não ter tantos quartos assim. Vejam as fotos! Super Cool!

Hotel Lucy, em Montezuma
















Na areia da praia ou nas pedras, o barulho das ondas é alto o suficiente para embalar o sono de qualquer um nesse hotel. Logo que nos trocamos fomos caminhando até uma cachoeira, a uns 30 minutos acompanhando um rio que passa quase do lado do hotel. Achamos e nadamos e pulamos até.
























Assim que retornamos ao hotel, encontramos os irmãos canadenses. Eles são gente finíssima e, logo na primeira noite, nós nos reunimos nas rochas em frente, bebemos e tocamos violão até altas horas. Só então descobrimos que são três cachoeiras, uma após a outra, e que na primeira não se podia pular do alto, mas, a terceira e a segunda sim! Ahhhhhhhh! No dia seguinte, eles estavam de partida para Dominical, um point de surf que considerado o melhor da costa do Pacífico e da América Central. Mas, na quarta-feira, dia 18 estarão em PUERTO VIEJO DE TALAMANCA, na costa do caribe e vão fazer um festão! Já me programei pra encontrá-los lá, principalmente porque se pode entrar no PANAMÁ pelo norte; porque, até então, o mapa que eu tinha não mostrava passagem no norte do caribe, até a cidade do Panamá. Mas, existe sim! Huahuahua! Ia ser o maior trampo retornar para San Jose para pegar a Interamericana. Eu e Heidi fomos atrás da outras duas cascatas.

Que caminhada! Numa trilhazinha estreitinha e deveras íngreme, avistei capivara, iguanas e muitos pássaros... Aí, depois de muito calor e suor, chegamos. Putz, que maneiro!

Do alto da segunda


Nadamos e saltamos da terceira que era baixinha e tomamos coragem pra saltar da segunda que era bitela! Vejam fotos em anexo!

Toquem na ca beça de vocês a introdução de "Viagem ao Centro da Terra" do Ricky Wakeman. Deve dar a solenidade necessária para o salto.


















































































Na parte da tarde, retornamos ao hotel, tomei aquele banho de mangueira e partimos para conhecer SANTA TEREZA, um vilarejo mais ao norte (18km). Chegando lá, tomei a estrada à esquerda para ver a reserva de Cabo Blanco, na praia de MAL PAIS. Não, não me perguntem porque se chama assim; não sei!!






















Chegando lá, caminhamos por uma trilhazinha até a praia, onde milhares, milhões de hermitões se moviam em direções aleatórias. Foi muito interessante ver todo o chão se mover como um tapete. Há sinais para não se remover conchas ou pedras da praia, e todo cuidado é pouco ao caminhar da areia até o mar, devido ao número de animaizinhos. Dá um pouco de trabalho atravessar nessa hora. Tirei fotos e uns 30 minutos depois retornamos em direção a vila de Santa Teresa, onde uma das meninas argentinas que havia conhecido em Tamarindo tem um viveiro de mudas. Xiqui!!!

Retornamos a Montezuma e decidimos ficar só mais um dia antes de partirmos para Santa Tereza. Ficamos em MONTEZUMA por quatro noites e conhecemos, no hotel, dois alemães; o Arent (acho que e assim que se escreve) e a CRISTINA, que chegou enrolada numa canga com a bandeira brasileira. Ela esteve aí no ano passado e amou. Uma graça e uma simpatia! No dia seguinte, o Arent retornou a San Jose para trabalhar. Ele é um funcionário da embaixada Alemã. A Cristina se mudou para o nosso quarto e, mais uma vez , eu acompanhado de duas mulheres... Não sei por que meu quarto tem estado florido há quase quatro semanas.. (hahahá!!)


As "flores"Cristina e Heidi




Fomos para uma praia mais ao sul da cidade, caminhando, onde achamos outro riacho e outras cascatas, porém, nenhuma tão grande quanto as primeiras. Nadamos, pegamos sol, programinha de praia e retornamos aos aposentos. À noite, saímos e fomos a um lugar que tocava salsa etc… papo vai, papo vem, conheci mais duas inglesas que também estavam ficando no nosso hotel. Dei altas risadas tentando imitar o sotaque delas; aprendi várias coisas sobre a Inglaterra e depois fomos todos para um outro lugar que ia tocar reggae.

The English Team




Era super-ajeitado, uma puta pista de dança e lá ficamos até mais tarde. Eitcha ressaca brava! Nevertheless, acordei relativamente cedo e a Cristina já estava de pé. Resolvi retornar às primeiras cachoeiras pra saltar mais. Heidi ficou desmaiada na cama e fomos só eu e a Cristina. Passamos quase o dia todo lá, só comendo frutas, nadando, saltanto e jogando conversa fora .

Cristina estuda em Londres e seus parentes estão espalhados pelo mundo. O pai, no Quênia, a mãe na França - se não me engano - os irmãos em outros lugares cujos nomes não recordo. Ao retornarmos à vila, encontramos com a Heidi e compramos um vinho pra mos à noite. Juntou-se a nós um holandês, meio patetão - mas gente boa - que procurava companhia. Depois de secarmos a garrafa de 2 litros, todos dormimos como anjinhos!

Segundona, dia 16, Cristina deixou o endereço e telefone de San Jose para nos encontrarmos mais pra frente. Ela estará em Puerto Viejo de Talamanca em alguns dias também. Heidi e eu tomamos rumo a Santa Tereza, um lugarzinho abarrotado com surfistas e muitos quilômetros de praia. Estamos alojados num lugar que se chama TRANQUILO BACKPACKERS, um hotel lindíssimo e limpo.





















Aqui, desde a manhã até agora, já conheci umas 50 pessoas do mundo todo. Aliás, é impressionante como os europeus viajam por longos períodos de tempo. Todos que encontro estão sempre viajando por três, quatro ou mais meses e por vários paises. Tem maluco espalhado pra todo lado; gente jogando poker, gente tocando violão, nas redes, assistindo àTV ou fuçando nos computadores….Ah, aqui tem internet grátis e café da manhã! Pra quem quiser vir para as praias daqui, totalmente recomendo TRANQUILO BACKPACKERS . Custa em torno de 10 dólares por dia e é limpíssimo, com uma cozinha comunitária enorme, onde todos acabam cozinhando a própria comida. Entretanto, fica tudo super limpo e organizado, pois, aparentemente, a educação européia faz com que todos lavem todas suas loucas imediatamente após o uso. É DEMAAAAAAIIIIIISSSS! Não consegui memorizar o nome de quase ninguém ainda, pois é gente demais de diversos países.

6 LADRÃO... Hi, eles não sabem Truco
















Ainda há pouco estava de papo com dois australianos que acabaram de chegar do Brasil, passaram carnaval no Rio, foram pra Floripa e não paravam de falar bem…. Ambos dizem que o Brasil é o melhor lugar do mundo e que este ano ainda vão pra passar pelo menos mais dois meses. Disseram que o melhor evento de esportes que já foram na vida foi um FLA X VASCO. OLHA, não dá nem pra contar tudo nem sobre todos com quem encontro e converso. Espero que as fotos mostrem um pouquinho. Na parte da tarde, alugamos uma prancha e ganhamos outra de grátis da Zhoe, uma amiga alemã da Heidi. Elas se conheceram na Guatemala e ela está trabalhando aqui agora. Peguei umas ondinhas marromenos! Retornamos e cozinhamos um Linguini ao alho e óleo, com manjericão fresco e azeitonas… Show de bola!



Só que fizemos muito… erramos na medida do macarrão, mas, como em Hotel de Surfistas nada se desperdiça, tem sempre um montão de nego de larica, logo achamos quem comesse e já conhecemos mais uns dez. Hahahaha!
Bom, o resto de Santa Tereza conto junto com os causos da costa do Caribe! Beijus e boa noite proceis, porque já estamos numa turma de mais de 30 pra ir para uma festa reggae km a uns 50 aqui do hotel!!!
Fuuuuuuiiiii!!