O rio, muito que calmo, proporcionou um percurso muito macio e agradável. Quanto à paisagem, não preciso dizer nada; fotografias valem, (às vezes...) por mil palavras! Assim que chegamos a Livingston, o mesmo lugar em que estávamos ontem, abastecemos. O que me despertou a curiosidade, porque tínhamos, todos, mais de meio tanque. Foi só então que entendi que Livingston é o último local antes que se entre no oceano.
Ao nos aproximarmos do destino final, um senhor ,“Chus” ,(o que depois vim a aprender ser uma abreviação para “de Jesus”, mais bêbado que um peru em véspera do dia de ação de Graças, nos recebe e, com os passos desordenados, arruma um jeito de amarrar todos os Jet Skis.
Bem, porque chegamos relativamente tarde, devido aos pequenos contratempos, um barco havia passado mais cedo e comprado todas as lagostas. Mesmo assim, um dos irmãos “Chus” , o “Ches”, pegou um barquinho e foi dar uma averiguada nas jaulas, enquanto a turma toda ficava s de bobeira, divertindo-se com as palhaçadas do outro “Chus” que, com uma garrafa de Rum no bolso de trás, quase que não se segurava em pé!
Ches retornou sem lagostas, mas com um puta peixão, imenso. Porém, devido ao horário, acabamos não esperando que sua irmã o preparasse, porque não queríamos ir de volta, em mar aberto, no escuro! Então, por ali ficamos a beber whisky com água de coco mais um pouquinho e saímos.
Eric Fuentes (não eram havaianas)
Quase almoço!
Crianças! Não bebam antes de dirigir.
No caminho de volta, após entrarmos novamente no Rio Dulce, encostamos em um restaurante para comer. Eu estava alucinado de fome (pra variar) e que refeição! Saímos de lá quando o sol estava se pondo, o que tornou a vista ainda mais bonita! O jet ski do Rodolfo deu pane e acabei por rebocá-lo por um tempo, até que a cordinha arrebentou. O Eric acabou amarrando ao dele, porque tinha uma corda mais forte. Toquei um pouco à frente e desliguei o Jet Ski para esperá-los. Nesse ponto da viagem já estava escuro, bem escuro. E assim, uns cinco minutos depois, passaram por mim, e, quando fui dar partida……..NECAS DE PITIBIRIBA! hahaha! Tentei ligar por quase cinco minutos, olhei gasolina, usei o afogador e nada; por ali fiquei! A noite estava tão perfeita que não me importei muito, deitei e encostei na minha mochila e fiquei observando um céu, quase tão bonito como o de São Tiago, e escutando o barulho da mat. Sabia que uma hora ou outra eles dariam por falta de mim. Dito e feito, vinte minutos depois avisto uma luzinha vindo em minha direção; Eric vinha em meus resgate. Depois de fuçar de cá e de lá, conseguimos ligar o bichinho e nos fomos.
No caminho, paramos no Hotel “Backpackers” onde, literalmente a todo instante, mochileiros, principalmente europeus, chegavam. A festa estava animada, com muita música guatemalteca e ritmos caribenhos que animavam os “locais” e faziam também “bailar” os gringos, com aquele molejo de poste de ferro!
Foi 10, foi 1000, tudo de bom! Amanhã acordamos e vamos sair para Puerto Barrios, onde Rodolfo tem assuntos a resolver no Ministério Público, ainda relacionados ao roubo das armas. De lá vamos para a cidade da Guatemala, a 380Km.
Ahhhhhh Rio Dulce!!! Amanhã eu me vou, mas hei de retornar!!!
Ótima noite a todos. Beijus!