sábado, 17 de março de 2007

Dia 17 de março

Dia 17 de março.





Redy?
Go...






















Arturo






Seis da matina, GET UP, STAND UP e seguimos para encontrar o resto da turma em um posto de gasolina. Chegando lá, havia uma galera de mais ou menos uns 30 motoqueiros, em variados tipos de moto; desde Ducati a várias BMW. Aqui as taxas de importação são muiiiiiiiiiitttooooo mais baixas que no Brasil, logo, torna-se mais fácil ter acesso a coisas melhores. Aí no Brasil temos, ou que pagar três vezes o valor de um bom carro ou de uma moto importada, ou acabamos comprando – caro - esse monte de porcaria que se vende aí, porque aproximadamente 51% do valor dessas merdas vai para o governo! E óbvio que não irão, nunca, facilitar a importação de automóveis e motos: a TETA TEM MUITO LEITE PRA ELES! VERGONHA, BRASIL, VERGONHA!


É "nosco"













Enfim, dois deles se aproximaram e começaram a falar comigo em português, eram Guatemaltecos que tinham vivido no Brasil por alguns anos. Ali ficamos de papo até a hora de sair.Saímos em um grupo de seis:Arturo, Mario, Alfonso (que é o dono de uma loja de motos), Geraldo (dono de um buffet ), a esposa dele e eu. Saímos da cidade e pegamos uma estrada para as montanhas; muito louca, cheia de curvas onde o joelho quase raspa o asfalto! Waw!!!!!!!!! Na subida da serra, a neblina fechou e logo começou a chover e fazer frio. Clima de serra, vocês sabem... Até que a chuva apertou e demos aquela paradinha básica pra pôr as roupas de chuva. Continuamos e... adivinha o que aconteceu? Cinco minutos depois o céu se abriu, o dia se fez esplêndido! Tomamos uma estrada secundária e, subindo a serra, nós nos deparamos com a imagem magnífica dos vulcões que cercam a cidade! UAU!!! Puta Merda, estou louco para gastar um pouco de memória da máquina! Tudo bem...


Depois de quase uma hora e meia alcançamos o vilarejo de PANAJACHEL. Trata-se de um lugar de população predominante índia, onde os táxis de três rodas circulam por todo o vilarejo. Aliás, todos os táxis na Guatemala, tirando os da capital, são assim. Encontramos muito artesanato, restaurantes, pousadas etc… Uma graça! Dei uma paradinha em um Internet Café pra pagar umas contas e fazer umas transferências.

Internet? EBA!
























Atravessamos o vilarejo até um hotel na beira do Lago ATITLAN... Vou deixar as fotos falarem por si mesmas!


















Já imaginou o trabalho de ter que acordar e ficar olhando para isso?



Ali ficamos um tempinho e tomamos um café da manhã. Logo depois, eles decidiram que iriam retornar em direção a Antigua, a 43km dali, para almoçar mais tarde. E eu? Bom, digo-lhes que aqui estou, sentado em um barzinho, tomando uma cerva, comendo e escrevendo um pouco ao som de Zeca Pagodinho! Salve, Zeca!
“… deu lavagem ao macaco, banana pro porco e o osso pro gato, sardinha ao cachorro, cachaça pro pato, entrou no chuveiro de terno e sapato, não queria papo, foi lá no porão, pegou treis oitão, deu tiro na mão do próprio irmão que quis te segurar….. entrou no velório pulando a janela, xingou o difunto, apagou a vela, cantou a viúva, mulher de favela, deu um beijo nela, o bicho pegou a policia chegou, um couro levou, em cana entrou e ela não te quer mais….” Bem feito! Não é demais? hahaha.

O bar combina com o Zeca.
A única coisa que é um pouquinho meio chata é o número de índias, carregadas de panos, braceletes, pulseiras entre outras cositas mas, que vem tentar lhe vender alguma coisa. Não é uma ou duas ou vinte... são um milhão (parece...) por serem muito insistentes. Sem contar com as crianças que se ofereciam pra engraxar minhas botas, todas sujas de barro e poeira! Hahaha!!!



É tudo em bando...
















Estou dando um apoio






Recomendaram-me fazer um passeio ao vilarejo de Santiago e Santiaguito. Hehehe, já sou dono! Mas, é um programa de dia todo e o calor tá pegando e eu não trouxe nada além do meu “Riding Gear”. Então, aí fica foda! Vou voltar, talvez, com mais calma. Vou explorar umas estradinhas por aí e procurar umas fotos maneiras. Fuiiii!!!!




























Apês pertencentes aos Mayas... como se sabe, eles já levavam uma boa vida.


Peguei uma estrada beirando o lago, em direção a Solola, um vilarejozinho a 2.150 m de altura, nos arredores do lago Atitlan. Parei em um mirante onde umas indiazinhas já chegaram pra me vender coisas. Umas gracinhas, acabei tirando uma foto das três juntas, e depois, a que era menos tímida (Melissa) tirou uma foto comigo. Mas, me pediram: “Uno quetzal por la fotografia, por favor!” Não resisti e larguei uma moeda com cada uma e todas “se quedaram contentas”.
























Eu e Melissa (fora de foco)














Cadê o Amecian Express?


Lá também encontrei uma família de brasileiros que vive aqui há muitos anos. (Brasileiro está em todo lugar mesmo!) Quando estava pra sair, um grupo de turistas franceses se aproximou e começamos a conversar. Tiraram sarro de mim dizendo que a Selecão Brasileira era freguesa deles; tive que concordar em gênero, número e grau. Fizeram algumas perguntas sobre minha viagem e foram muito simpáticos. “VIVE LA FRANCE”!


Decidi então ligar meu GPS para ter uma idéia da direção a que me dirigia. Foi só então que percebi que uma das peças do suporte não estava comigo e lembrei-me de onde havia parado pra guardá-lo dentro das maletas. Então retornei ao hotel onde primeiro fomos e ao chegar ao estacionamento….NADA! Olha daqui , olha de lá... Conformei-me por ter perdido, pois já havia horas do ocorrido. Então, saiu um rapaz de dentro do hotel com a peca na mão, falando que a havia encontrado no chão!! GRACIAS, GRACIAS, GRACIAS! Dei a ele 10 quetzales e, depois de rodar mais um pouquinho na cidade, resolvi voltar a “Guate” ( e assim que eles se chamam a cidade).


Bem lá

no
alto.










No caminho, passei por alguns vilarejos onde os olhos curiosos me seguiam o tempo todo. Em “Patzum”, na rua principal, havia alguns reservatórios de água, onde índias lavavam roupas a mão, como nos velhos tempos. Eu me lembrei da “Maria do Buracão”, lá em São Tiago... Boa sorte, Maria! O dia continuava lindo e a viagem foi extremamente prazerosa. Ao chegar à cidade, fiquei o maior tempo perdido, mas achei meu caminho de volta para casa.














As fotos completam a minha narração.



E nosso
Herói
termina
mais
uma
missão