quinta-feira, 1 de março de 2007

Dia 1/03

Pequena
espiada no
mar do
Caribe












For those of my friend who only can read English, I am sorry; I will have everything translated later on, but I only can write in one language at a time!!!

Waw……….

.Bom, pra começar, vou dizer que estou em um restaurante lindo , ao ar livre porque estava no meu quarto e o hotel recebeu uma ameaça de… BOMBA! Acreditem ou não!!!


Amanheceu...
Hoje é dias dois de marco, sexta feira, 2007. É a primeira vez que me sento pra realmente escrever um pouco sobre os acontecimentos das ultimas 24 horas. Sobre o começo de minha viajem, desde a idéia original, há tempos, em Boston, até o dia de hoje, irei escrever mais pra frente. Seja lá quem for que leia, irá ter que se contentar com um montão de idéias e pensamentos jogados, sem acentos, nem formato correto; meu teclado esta configurado para inglês, logo, não faço a mínima idéia de como consertar. Amigos, também perdoem meus erros de português, pois, há mais de seis anos não pratico minha escrita como deveria. Perdoem também as palavras e expressões “jogadas” em Inglês. Bem, vou pedir ao pessoal da minha casa que tire os erros mais grosseiros. Só esses; quero deixar tudo conforme sentir.

Ontem, meu dia começou bem cedo, em Miami, depois de ter ido dormir às 3 da matina, tentando pôr tudo em ordem, organizando bagagem , documentos etc. e tal….Saí da casa dos meus amigos, Dan e Suzanne, em Fort Lauderdale, às 7, e cheguei ao aeroporto eram quase 9 horas da manhã. Traffic sucked ass e, deixem-me dizer, se, por algum acaso, alugarem um carro no aeroporto de Miami, estejam preparados para se perderem ao tentar devolver o carro….as companhias são adjacentes ao aeroporto, porém, muito mal sinalizadas.

Meu dia foi mais intenso do que jamais imaginei que pudesse ser. Ao fazer o check in de minhas malas, uma estava mais de 10 pounds mais pesada do que deveria… ou eu pagava 100 dólares ou achava um jeitinho de tirar coisas da maior e colocar na menor. Mas, essa menor já estava bem cheia e o problema era que, na mala grande, eu tinha um jogo de pneus, o meu macacão de viajem (que é enorme e pesadérrimo), mais meus produtos de higiene pessoal, minha barraca e uns eletrônicos. Logo, não tinha muita opção: tirei o que consegui socar na mala menor.

Ao passar pela segurança, fui selecionado para passar pelo “complete Screening”. Isso significa que só faltaram revistar meu… Mas, foi tudo muito tranqüilo e com a educação, cordialidade e respeito que eu poderia ter recebido, naquelas circunstâncias. Recuso-me a pensar na possibilidade de qualquer tipo de preconceito por eu ser estrangeiro. Quando a tal inspeção se encaminha para o final, a senhora que fuçava em todos os compartimentos de minhas bolsas, “limpava” meus pertences com um paninho que punha no computador pra rastrear traços de explosivos, mostrou, em meu cartão de embarque, quatro “esses” em seqüência (ssss), dizendo que era o código para passageiros que necessitariam da revista completa. But, anyway, em nenhum momento me senti ofendido. Fui tratado com a educação e a cordialidade típicas de primeiro mundo. I will miss that!




Quase lá.










O vôo foi ótimo e em 2 horas e 15 minutos estava aterrissando em Belize! Ahhhhhhhhhhhh, aí é que a história começa a ficar interessante! Chegando, passei pela imigração, fui buscar minhas malas na esteira e um agente se aproximou e me disse pra voltar ao balcão. O individuo, Pedro, que me atendeu era um indiozinho Maya puro, e me disse que, por eu não ser cidadão Americano, eu teria que ter uma passagem de volta para o Brasil ou ele não poderia me deixar entrar no país. Expliquei que estava viajando de moto, e que estava em Belize somente de passagem. Ele me fez milhões de perguntas sobre o que eu fazia nos Estados Unidos, a cor da minha cueca etc e tal… me pôs em um canto e lá fiquei por 3 horas, até que ele me disse que teria que comprar uma passagem de US$1,200.00 para poder entrar no pais! Então, sugeri que poderia comprar uma passagem de Miami para o Brasil - que custa em torno de US$330,00 - uma vez que eu tinha uma passagem de volta pra Miami. Disse que não porque eu não era cidadão americano. Bom, não fazia sentido nenhum pois, eu tenho um visto válido para os EUA! Argumentei que nem sempre as pessoas vão a um lugar e retornam direto para seus paises de origem, podem ir pra qualquer outro lugar do mundo. Não ajudou muito e me disse que não tinha jeito. Finalmente eu disse a ele que a única coisa que tinha que provar dizia respeito ao governo de Belize – os papéis oficiais do transporte da moto - e que eu tinha um ticket pra sair do país e tudo que deveria interessar... Bom, no final das contas,ele me chamou, após ver os papéis e telefones que tinha da companhia marítima, (acho que lhe deu uma luz!) e me deixou entrar. E ainda queria ficar meu amigo! Deu seu telefone dizendo que, caso eu quisesse conhecer a cidade, ele me mostraria “around” . Pode uma coisa dessas? Ele me faz ficar retido por quase 4 horas e depois quer ser meu amigo?

Passados todos esses problemas e a ansiedades por ficar retido na imigração, aluguei um jipinho e fui para o hotel. No primeiro sinal de civilização, em uma esquina, um rasta já vem me oferecer “Bagulho”! Depois vim a descobrir que a erva danada é a coisa mais fácil de se conseguir aqui, mais que uma Coca-Cola... acreditem se quiserem!!! Desde ontem, 24 horas atrás, já se aproximaram de mim pelo menos uns quinze malucos tentando me vender. Inclusive hoje, dentro de um restaurante, três pessoas diferentes estavam competindo pelo mesmo cliente: um veio, depois veio outro falando mal do primeiro, e depois veio um outro falando mal dos outros dois, fazendo aquele Marketing básico!

Continuando minha caminhada até o hotel, foi interessante ver as crianças e jovens, todos saindo da escola, vestidos com uniformes de escolas católicas (fotos mais adiante), bem típicos dos anos 50, tradicionais, de gravatas-borboleta, até mesmo as meninas.

Cheguei, fiz meu check-in e fui tomar um banho; a temperatura estava de rachar mamona, como dizem lá em Minas Gerais. Espalhei todas as minhas coisas em cima de uma das duas camas e ainda lá estão, pois não tive vontade de organizar, queria sair e conhecer. (Ao desfazer as malas, descobri que a segurança do aeroporto de Miami havia aberto minha barraca e tirado uns palitos de acender fogueira que tinha ... vai saber, né?

Depois de anoitecer, finalmente saí para dar uma volta pelo centro de Belize City. Foi uma experiência única! A maior parte dos turistas transita somente pelos resorts da ilha de San Pedro, que faz parte dos Belize Keys; um arquipélago com centenas de ilhas cheias de recifes de corais diversos, que cercam quase todo o litoral de Belize, fazendo do lugar um dos paraísos do globo. Por isso, pretendo, amanhã cedo, sair para ir à ilha de San Pedro. Quero ir ao “BLUE HOLE”, um recife cilíndrico que possui em torno de uma milha de diâmetro e 4.000 pés de profundidade. É isso mesmo; é fundo pra caralho!!!



Primeira Cerva
Beliziana...















Como não podia deixar de acontecer, também me deparei com um negão, em um restaurante caribenho, que queria tirar vantagem do turista idiota aqui: estava somando preços, na conta, diferentes dos que estavam no cardápio. Pra cima de brasileiro??? Comi um hambúrguer de CAMARAO que foi inacreditável! Não sei se era por causa de toda a fome que tinha por estar havia tantas horas sem comer, mas….. estava ótimo!

Esse é
o melhor
burger !










Voltando ao passeio inicial pela cidade: eu era o mais branco, aliás, o único mais clarinho rodando pelas ruas, isto é, becos de Belize City. Não dá pra descrever a capital desse país senão com a palavra: FAVELAO. As casas estão todas caindo aos pedaços, e são, na maioria, de madeira. Nas ruas, com “buracos mil”, não existe sinalização de trânsito. Pra não dizer que não vi nenhum policial, vi um carro de polícia, hoje, pela manhã. E olha que eu já rodei! A iluminação pública é quase inexistente. As ruas são escuras, parecendo coisa de filme, quando querem criar um ambiente sinistro ou de mistério. Como não existem as regras de sinalização (nem mesmo um único sinal de trânsito), é uma loucura; você tem que ir se enfiando na frente, tomando cuidado com as centenas de bicicletas que também se enfiam à sua frente, sem nem mesmo olhar pra você, ao mesmo tempo em que se desvia dos cachorros, gatos de rua e buracos. Não fica nem um pouquinho atrás dos piores lugares da baixada fluminense.

Entretanto, não consigo descrever a inexplicável sensação de segurança e acolhimento que tive, ao mesmo tempo do susto com o caos. It’s almost overwhelming the amount of people que o cumprimenta na rua, o povo é amigo e atencioso. Se você pergunta as horas, pode ter certeza de que irá passar uns minutinhos extras jogando conversa fora! O que me chamou a atenção em especial é que todos os rastas que se aproximam de você, estendem os braços com os punhos fechados e dizem: “RESPECT”. Com esta forma, acho que querem dizer: “Tenho respeito por ti, porem me respeite.” Muito, muito legal. O que também me chamou a atenção foi o número de pessoas, grupos de pessoas, que puxam uma cadeirinha ou sentam em muretas, nas esquinas, e ficam lá... o dia inteiro, manhã, tarde ou noite, há grupos conversando. Parece até que não têm nada pra fazer.. (.hahahaha.)

A cidade não fede, achei que iria, mas, não! Não é limpa, mas, pelo menos, não cheira mal.. ufa!

Cheguei ao hotel, tomei um banho e estava cansadaço, Mas, logo abaixo do Radisson, que fica do outro lado da ponte, vi que existia um lugarzinho agradável para se tomar uma cerveja, chamado TEQUILA’S. Fica num lugar, saindo do centro da cidade, um pouquinho melhor e mais calmo. Nessa região é também onde fica a vila dos turistas, os melhores hotéis da cidade e o casino. Resolvi ir até o barzinho e, naquele ambiente agradável, eu me sentei e tomei uma cerveja. Voltei ao quarto pra pegar minha câmera, e, quando cheguei ao barzinho outra vez, o lugar onde estava sentado estava tomado por um casal: Ronald e Claudette.



O que
tem cara
de gringo
sou eu.























Quando perguntei se eles se importavam que me sentasse na ponta do balcão, próximo a eles, rapidamente se levantaram e me fizeram sentar ENTRE eles, como vão ver nas fotos. Daí foi muito legal, conversamos por um tempão, peguei umas dicas e aprendi várias coisas sobre o país, dicas de lugares pra visitar etc. Aprendi que a língua nativa, além do inglês é o “Creole”, ou Criolo, e que se chama “PATWAA”, que é igual ao criolo haitiano original; não o French Creole. É muito similar ao Criolo Jamaicano, o que pode ser muito importante se você precisar se entender com uma “conexão” jamaicana. Finalmente, à uma da matina, retornei ao hotel pra dormir um pouco.