terça-feira, 27 de março de 2007

26 e 27 de março


Dia 26 de março








Muito
trabalho



Estou escrevendo agora, deitado em uma rede, de frente pro Pacifico (em EL Salvador)esperando o sol se pôr. Ontem saí da cidade da Guatemala já era uma da tarde, pois, tive que resolver uns assuntos no banco, internet etc. Depois daquela via sacra de organizar tudo e amarrar tudo na moto, finalmente me mandei. O dia estava lindo e agradável. Carretera a El Salvador, aqui vamos nós!


AHHHH, GUATEMALA, que pena que estou indo embora. Você era mais, mas muito mais do que esperava! Uma terra de gente boa e amiga, de uma natureza estonteante e que, não sei como, ainda não virou rota para os turistas brasileiros... porque, para os europeus, já é há muito tempo. OBRIGADO, VALEU, THANKS, MERCI, ARIGATÔ!!!! Deixo pra trás não CONHECIDOS, mas AMIGOS que sem nem me conhecer me ofereceram abrigo e atenção pelas ultimas quase trê semanas. Deixo um pouquinho de mim e levo um MONTE daqui… Valeu mesmo, thcurma! Espero vocês no Brasil! (Arturo, Mario, Rodolfo, Sdrubi, Monica, Isabel, Hugo, Eric, Juan Carlos e muitas outras pessoas que tornaram minha experiência em Guate tão agradável) Buaa!!!


Bom, como já havia dito, a viagem foi tranqüila. Ao chegar à fronteira, ainda do lado da Guatemala, a alguns metros de El Salvador, me mandaram estacionar pra fazer a documentação da moto. A aduana era só um barracãozinho onde dois funcionários se revezavam entre saídas para não-sei-o-quê-nem-onde. Umas 20 pessoas esperavam a boa vontade dos dois. Uns 40 minutos depois, conseguir entregar a um deles a papelada que havia preenchido. Pronto? Espera, espera, espera... até que sai o miguelito e me diz que o sistema de computadores estava caído… Puta merda!! Ja varado de fome, enconstei em uma tiazinha que ali a frente se encontrava, com duas bacias equilibradas em dois banquinhos. Uma, com uma panelona de galinha assada, bananas fritas, tortilhas e um molho de salsa; a outra, com uma pedrona de gelo e algumas bebidas. Foi ali mesmo! Comi ½ frango com tortillas e uma Pepsi por 3 dólares…hummmmm Bom Demais! Depois veio a me dizer que cozinhava tudo no fogão a lenha, pela manhã e vendia durante o dia todo, por ali mesmo, havia mais de 10 anos.

Finalmente, às 6 da tarde, o sistema retorna e me pus eu a caminho. Mais uns 15 metros pra frente tive que parar pra mostrar o passaporte a agentes da imigração, que ficavam sentados debaixo de um toldo: não me perguntaram muito e me deram umas dicas sobre o país e me fui. Dois km a frente, outro ponto de fiscalização, onde agentes rapidamente verificaram a minha papelada e logo me liberaram. Porque eles não fazem uma coisa assim mais esperta, e põem todos em um mesmo lugar? Ainda não entendi.


Já estava escuro e as estradas… ah, as estradas! Pensaram que ia falar mal, né? Hehehe, a verdade e que as estradas são muito boas e, em sua grande maioria, até chegar a San Salvador, são duplas. Logo parei em um posto de gasolina pra beber uma água e, quando retornei até moto, já se aproximavam umas seis dúzias de curiosos, inclusive dois seguranças do posto. Pergunta de lá, pergunta de cá e... hasta la vista!

Parece
a
esquina
lá de
casa.










Assim que saí do posto, percebi que meus óculos que uso para dirigir à noite não estavam comigo; eu os havia posto sobre a minha bagagem, enquanto punha meus “earphones” , capacete e luvas. Retornei à lojinha de conveniência onde os seguranças se aproximaram e começaram a rastrear meu caminho à procura deles. BATATA!!! Dois minutinhos depois, retorna um deles com minhas lentes no rosto e me diz: “No se preocupe, aqui no se pierde nada”. É interessante como, em todos os países por que já passei, sempre, no inicio da viagem algo acontece que me faz sentir mais seguro e tranqüilo. Agradeci e me despedi!
Recebi sorrisos de dentes de ouro (que já não me chamam mais tanta atenção) e, num instante, dei linha na pipa.

Resolvi tocar até o litoral, até a Costa do Sol, uma península onde hotéis e chácaras de verão de empresas particulares e bancos competem por um espaço em frente ao mar, que é muito bonito, e cujas praias lembram muito as nossas. Por todo vilarejo que passava, os olhares curiosos me perseguiam o tempo todo. Assim, acabei chegando ao meu destino já era mais de 9:30 da noite. Logo que cheguei, já pedi algo pra comer, enquanto ia tomar um bãinho pra tirar a nhaca. Fiquei sentado no bar da piscina, mandando e-mails, comendo e nadando até quase duas da matina. Tranqüilo, tranqüilo!



Dia 27 de março



Local
"feio"...













Hoje acordei e só aí vi, realmente, o quanto bonito é por aqui! A única coisa é que não tem ninguém quase... mas, não é problema nenhum para mim.



Céu
nublado...

















Lotado de gente...

Caminhei por horas, depois de muito protetor solar, em uma praia que era praticamente minha, particular! Nadei muito, a água é limpa e quente, peguei jacarezinho até cansar. Num trecho da praia, me deparei com uma imagem maneiríssima, desenhada na areia pela água do mar; parece um canteiro de flores! Vejam a foto.



Não é óleo não.


Nunca vi tanta gente assim...



Uma paz tudo aqui! Depois, conversando com um dos funcionarios do hotel, descobri que LA LIBERTAD, uma cidade pela qual passei no caminho pra cá, é um point de surf muito bom e que, inclusive, estavam tentando incluir no World Surfing Championship. Lá, alugam-se pranchas por cinco dólares ao dia... Surf’on, Dude!!!!!! Ahhhhh, PS: A moeda nacional é DOLAR AMERICANO, tá? Só que tudo muito mais barato que na terra do tio Sam.



















Feliz morador do condomínio Pé na Areia.



Deixa que eu dou um jeito.










Agora estou aqui, escrevendo numa redinha massa… tenho praticamente o hotel e a praia só pra mim. A solidão me despertou a curiosidade e me levou a perguntar o que estava se passando. Acabei descobrindo que essa semana é a mais vazia do ano porque precede a Semana Santa e todos deixam pra vir na semana que vem. By the way, estará tudo lotado… SOLD OUT! Ahhhhh, bom!












Amanhã saio fora, vou passar por LA LIBERTAD, pegar umas ondinhas e, talvez, dormir uma noite. Daí, vou me safar em direção a Honduras. Sem mais delongas, já me vou.
4...
3...





2...1...

Bye.