Dia 26 de março
Muito
trabalho
Estou escrevendo agora, deitado em uma rede, de frente pro Pacifico (em EL Salvador)esperando o sol se pôr. Ontem saí da cidade da Guatemala já era uma da tarde, pois, tive que resolver uns assuntos no banco, internet etc. Depois daquela via sacra de organizar tudo e amarrar tudo na moto, finalmente me mandei. O dia estava lindo e agradável. Carretera a El Salvador, aqui vamos nós!
AHHHH, GUATEMALA, que pena que estou indo embora. Você era mais, mas muito mais do que esperava! Uma terra de gente boa e amiga, de uma natureza estonteante e que, não sei como, ainda não virou rota para os turistas brasileiros... porque, para os europeus, já é há muito tempo. OBRIGADO, VALEU, THANKS, MERCI, ARIGATÔ!!!! Deixo pra trás não CONHECIDOS, mas AMIGOS que sem nem me conhecer me ofereceram abrigo e atenção pelas ultimas quase trê semanas. Deixo um pouquinho de mim e levo um MONTE daqui… Valeu mesmo, thcurma! Espero vocês no Brasil! (Arturo, Mario, Rodolfo, Sdrubi, Monica, Isabel, Hugo, Eric, Juan Carlos e muitas outras pessoas que tornaram minha experiência em Guate tão agradável) Buaa!!!
Bom, como já havia dito, a viagem foi tranqüila. Ao chegar à fronteira, ainda do lado da Guatemala, a alguns metros de El Salvador, me mandaram estacionar pra fazer a documentação da moto. A aduana era só um barracãozinho onde dois funcionários se revezavam entre saídas para não-sei-o-quê-nem-onde. Umas 20 pessoas esperavam a boa vontade dos dois. Uns 40 minutos depois, conseguir entregar a um deles a papelada que havia preenchido. Pronto? Espera, espera, espera... até que sai o miguelito e me diz que o sistema de computadores estava caído… Puta merda!! Ja varado de fome, enconstei em uma tiazinha que ali a frente se encontrava, com duas bacias equilibradas em dois banquinhos. Uma, com uma panelona de galinha assada, bananas fritas, tortilhas e um molho de salsa; a outra, com uma pedrona de gelo e algumas bebidas. Foi ali mesmo! Comi ½ frango com tortillas e uma Pepsi por 3 dólares…hummmmm Bom Demais! Depois veio a me dizer que cozinhava tudo no fogão a lenha, pela manhã e vendia durante o dia todo, por ali mesmo, havia mais de 10 anos.
Finalmente, às 6 da tarde, o sistema retorna e me pus eu a caminho. Mais uns 15 metros pra frente tive que parar pra mostrar o passaporte a agentes da imigração, que ficavam sentados debaixo de um toldo: não me perguntaram muito e me deram umas dicas sobre o país e me fui. Dois km a frente, outro ponto de fiscalização, onde agentes rapidamente verificaram a minha papelada e logo me liberaram. Porque eles não fazem uma coisa assim mais esperta, e põem todos em um mesmo lugar? Ainda não entendi.
Parece
a
esquina
lá de
casa.
Recebi sorrisos de dentes de ouro (que já não me chamam mais tanta atenção) e, num instante, dei linha na pipa.
Resolvi tocar até o litoral, até a Costa do Sol, uma península onde hotéis e chácaras de verão de empresas particulares e bancos competem por um espaço em frente ao mar, que é muito bonito, e cujas praias lembram muito as nossas. Por todo vilarejo que passava, os olhares curiosos me perseguiam o tempo todo. Assim, acabei chegando ao meu destino já era mais de 9:30 da noite. Logo que cheguei, já pedi algo pra comer, enquanto ia tomar um bãinho pra tirar a nhaca. Fiquei sentado no bar da piscina, mandando e-mails, comendo e nadando até quase duas da matina. Tranqüilo, tranqüilo!
Dia 27 de março
Hoje acordei e só aí vi, realmente, o quanto bonito é por aqui! A única coisa é que não tem ninguém quase... mas, não é problema nenhum para mim.
Céu
nublado...
Lotado de gente...
Caminhei por horas, depois de muito protetor solar, em uma praia que era praticamente minha, particular! Nadei muito, a água é limpa e quente, peguei jacarezinho até cansar. Num trecho da praia, me deparei com uma imagem maneiríssima, desenhada na areia pela água do mar; parece um canteiro de flores! Vejam a foto.
Não é óleo não.
Nunca vi tanta gente assim...
Feliz morador do condomínio Pé na Areia.
Deixa que eu dou um jeito.
2...1...
Bye.