domingo, 15 de abril de 2007

De 9 a 15 de abril

Dia 9 a 15 de Abril

Saímos em direção à Costa Rica, lá pelas nove e meia e mais ou menos. Uma hora depois alcançamos a fronteira, onde tudo era feito mais ou menos como em outras fronteira. Aliás, a pior parte de todas essas viagens são realmente as fronteiras, principalmente se estiver viajando sozinho.

Bom, ainda no lado da Nicarágua uma brasileira viu a moto e já veio logo falar comigo. O nome dela é Tiffany e está morando em San Jose, gerenciando um café pra um inglês. Doidinha de tudo! Extrovertida é pouco, fala mais que pobre na chuva, mas é gente fina que não acaba mais! Tiffany, se você ler isso no blog, por favor, contate-me porque eu perdi seu e-mail, telefone e endereço. Gostaria de entrar em contato com você quando passasse de volta por San Jose! SORRY!!!! Prometo que vou revirar toda minha bagagem novamente pra ver se encontro, mas ta dificirrrr!!!

Do lado da Costa Rica havia mais ou menos umas 300 pessoas na fila, na minha frente, mas, pra frente do meio da fila estava a Tiffany! Ela logo já me encaixou lá, porque havia chegado uma meia hora antes e tinha conseguido pegar uma boquinha na fila! Puta que calor! Ali nós ficamos de papo, ela me deu umas dicas e falamos do Brasil! Ela e mais três amigas nicaragüenses visitaram cinco lugares em quatro dias na Nicarágua, durante a Semana Santa. Nem dormiram. Haja energia! Depois de muita espera, passamos pela parte do visto e aí tinha que fazer papelada para a moto, comprar seguro e o escambal! Nesse ínterim, conversei com três malucos em português: dois que tinham vivido no Brasil e um que tinha uma irmã vivendo aí. Muito simpáticos todos... Vi aqui mais bandeira e camisas do Brasil que dos próprios países por onde passei. Talvez porque não tenha reparado direito, mas é a impressão que tenho.

Depois de quase 4 horas entre filas e escritórios entramos na Costa Rica. Cinco minutos depois tudo ficou verde… a secura da Nicarágua ia desaparecendo como num passe de mágica! É muito verde e um calor do peru! Logo, uns 100 km depois, paramos em LIBEIRA pra tomar algo e vem um maluco, o Edward, um guia de turismo Costaricense, (não costariquenho, como se diz no Brasil), e me presenteou com um mapa e várias dicas de lugares e estradas. Ah, as estradas…… Bom, meus amigos guatemaltecos já haviam me avisado sobre elas: só tem mato e a grande maioria é de terra! Um poeirão danado… um buracão só! E é tudo bem caro, o dobro (ou mais ) comparando com Guatemala. A estrada Interamericana, que cruza toda a América Central, passa de perfeita, sem nem um buraquinho, na Nicarágua, a uma estradinha sem nem um metro de faixa pintada e cheia de buracos e remendos… horrorosa!

De Liberia fomos para Playa Tamarindo, um lugarzinho bonitinho, cheio de lojinhas diversas, oficinas de surf e agências de turismo pra levar a turistada pra pescar, mergulhar e passear nas ilhas! Achamos um hotelzinho de uma suiça que está lá há 13 anos, e agora está vendendo o hotel por 1.6 milhões de dólares. Alguém aí tá a fim?



Já era noite e, depois do banho, saímos pra comer. Logo na saída do quarto, conhecemos dois americanos que são instrutores de surf, além de um grupo de seis argentinas super animadas e – todas - apaixonadas pelo Brasil. Elas conhecem muitos dos nossos lugares, cantam tudo quanto é música brasileira. Quando retornamos para o hotel, lá estavam eles, com churrasqueira, música e todo o arsenal característico de farra. Então, não me deixaram em paz enquanto não toquei Garota de Ipanema e Tribalistas. Hahahaha! Ali ficamos de bobeira, a conversar e tomando uma cervinha até tarde. Ao nos despedirmos, eles me passaram e-mails e endereços em Buenos Aires pra quando estiver passando por lá me levarem pra um tour! Showwwwwwwwwwww!!!!

No dia seguinte, acordei mais cedo e fui usar a net pra mandar noticias de minha vida lá pra minha casa…galera preocupa dimaaaaaiiiiisss!!! Todo mundu mi ama.. vixi! Tudo de bom!!! Mais tarde, programinha: praia, frutas, ondas, entre outras cositas mas! Inclusive chutei uma pedra e arranquei um tampão no mindinho; nada que a água de sal não cure! Mas, tirei foto pra verem que também sofro e não despertar tanta cobiça (palavras da minha mãinha!)

AARRRGGHHH...













Na parte da tarde, fomos conhecer mais duas praia onde, supostamente, as ondas eram boas: Playa Negra e Playa Avelanas. E tome poeira… Então, em um instante, de repente, “não mais que de repente”, um banco de areia enorme! Shhh shhhhh shhhhh (pra quem não sabe, é o barulho da moto deslizando na areia) Mas, novamente, a sorte e a destreza do piloto impediram a queda… ufa!

Playa
Avelanas















Playa
Negra


















Dá o pé Loro...
ou dá tchauzinho.

Não havia quase ninguém na praia, dois ou três surfistas, só tomei uma cerveja no buteco e retornamos pra Tamarindo. Nada demais! À noite fomos a um Rock’n Roll no hotel da frente, com música ao vivo e a turistada só dançando. E conversamos e conversamos! Putz, conheci um monte de gente nesta noite: suíços, suecos, holandeses, belgas e por aí vai… nem me perguntem o nome de ninguém porque não sei!

Dia seguinte saímos em direção à Costa do Caribe. Foi então que me lembrei das palavras do Edward, o maluco que encontramos em Libéria: “ MAN, IT TAKES FOREVER TO GET ANYWHERE IN COSTA RICA”. O que na hora me chocou porque eram só 230 km de Tamarindo a San Jose!! Mas, aí, entendi o que ele quis dizer, pois, logo, uns 60 km depois, começou a cair aquelas chuvas típicas tropicais, com gotas d´água do tamanho de bolas de gude. Paramos então, almoçamos e esperamos acalmar um pouco. Logo que amainou, nós nos fomos ainda com chuva. E assim foi o resto do dia até alcançarmos ESPARZA, a 90 km aiiiiiiiiiinnnnnda de San Jose! Pouco progresso, muito trânsito, acostamento não vi, buracos, remendos! Putz! encostamos e achamos uma pensãozinha e ali mesmo ficamos.



A Heidi (que quase não gosta de dormir...) às 8 da noite já estava fazendo meia-noite. Eu fui caminhar pra achar algo pra comer! Um lugarzinho marromenos, supostamente perigoso!


É o próprio...

Retornei e fiquei assistindo Vasco X Botafogo e acabei adormecendo com a TV ligada. Na manhã seguinte resolvemos mudar os planos. O lugar na costa do Caribe era longe, com essas estradas, e uma serra de quase 4000m de altura, trânsito enorme e, além disso, o pouco tempo que a Heidi tem pra conhecer por aqui... Por isso, resolvemos retornar à península de Nicoya, a um lugarejo chamado Montezuma, onde os pais da minha amiga Gloria vivem. Eles se aposentaram nos EUA e estão morando lá! Logo, às 6:30 da matina, pegamos a estrada em direção a Puntarenas, uma cidade às margens da baía de Nicoya. De lá, tomamos uma balsa em direção a PAQUERA, uma cidadezinha na parte sudeste da península, e de lá seguimos em uma viagem ótima até MONTEZUMA, a uns 40 km de distância. E, para minha surpresa, a estradinha, apesar de estreita, era asfaltada até 8 km antes de Montezuma! No caminho vimos falcões, iguanas e muitos pássaros. Essa parte sul da península é muito mais verde e cheia de vida que o outro lado onde estávamos!
















Chegamos a esse vilarejozinho ínfimo, entretanto, cheio de barzinhos, restaurantes, hotéis e pensões. Logo que descemos, conhecemos uma chica canadense, a Sarah, seu irmão Brandon, e um suíço, o Oliver, que nos sugeriram o lugar em que estavam ficando: oito doletas por noite, com banheiro compartilhado, mas,muito limpinho, pelo fato de o lugar não ter tantos quartos assim. Vejam as fotos! Super Cool!

Hotel Lucy, em Montezuma
















Na areia da praia ou nas pedras, o barulho das ondas é alto o suficiente para embalar o sono de qualquer um nesse hotel. Logo que nos trocamos fomos caminhando até uma cachoeira, a uns 30 minutos acompanhando um rio que passa quase do lado do hotel. Achamos e nadamos e pulamos até.
























Assim que retornamos ao hotel, encontramos os irmãos canadenses. Eles são gente finíssima e, logo na primeira noite, nós nos reunimos nas rochas em frente, bebemos e tocamos violão até altas horas. Só então descobrimos que são três cachoeiras, uma após a outra, e que na primeira não se podia pular do alto, mas, a terceira e a segunda sim! Ahhhhhhhh! No dia seguinte, eles estavam de partida para Dominical, um point de surf que considerado o melhor da costa do Pacífico e da América Central. Mas, na quarta-feira, dia 18 estarão em PUERTO VIEJO DE TALAMANCA, na costa do caribe e vão fazer um festão! Já me programei pra encontrá-los lá, principalmente porque se pode entrar no PANAMÁ pelo norte; porque, até então, o mapa que eu tinha não mostrava passagem no norte do caribe, até a cidade do Panamá. Mas, existe sim! Huahuahua! Ia ser o maior trampo retornar para San Jose para pegar a Interamericana. Eu e Heidi fomos atrás da outras duas cascatas.

Que caminhada! Numa trilhazinha estreitinha e deveras íngreme, avistei capivara, iguanas e muitos pássaros... Aí, depois de muito calor e suor, chegamos. Putz, que maneiro!

Do alto da segunda


Nadamos e saltamos da terceira que era baixinha e tomamos coragem pra saltar da segunda que era bitela! Vejam fotos em anexo!

Toquem na ca beça de vocês a introdução de "Viagem ao Centro da Terra" do Ricky Wakeman. Deve dar a solenidade necessária para o salto.


















































































Na parte da tarde, retornamos ao hotel, tomei aquele banho de mangueira e partimos para conhecer SANTA TEREZA, um vilarejo mais ao norte (18km). Chegando lá, tomei a estrada à esquerda para ver a reserva de Cabo Blanco, na praia de MAL PAIS. Não, não me perguntem porque se chama assim; não sei!!






















Chegando lá, caminhamos por uma trilhazinha até a praia, onde milhares, milhões de hermitões se moviam em direções aleatórias. Foi muito interessante ver todo o chão se mover como um tapete. Há sinais para não se remover conchas ou pedras da praia, e todo cuidado é pouco ao caminhar da areia até o mar, devido ao número de animaizinhos. Dá um pouco de trabalho atravessar nessa hora. Tirei fotos e uns 30 minutos depois retornamos em direção a vila de Santa Teresa, onde uma das meninas argentinas que havia conhecido em Tamarindo tem um viveiro de mudas. Xiqui!!!

Retornamos a Montezuma e decidimos ficar só mais um dia antes de partirmos para Santa Tereza. Ficamos em MONTEZUMA por quatro noites e conhecemos, no hotel, dois alemães; o Arent (acho que e assim que se escreve) e a CRISTINA, que chegou enrolada numa canga com a bandeira brasileira. Ela esteve aí no ano passado e amou. Uma graça e uma simpatia! No dia seguinte, o Arent retornou a San Jose para trabalhar. Ele é um funcionário da embaixada Alemã. A Cristina se mudou para o nosso quarto e, mais uma vez , eu acompanhado de duas mulheres... Não sei por que meu quarto tem estado florido há quase quatro semanas.. (hahahá!!)


As "flores"Cristina e Heidi




Fomos para uma praia mais ao sul da cidade, caminhando, onde achamos outro riacho e outras cascatas, porém, nenhuma tão grande quanto as primeiras. Nadamos, pegamos sol, programinha de praia e retornamos aos aposentos. À noite, saímos e fomos a um lugar que tocava salsa etc… papo vai, papo vem, conheci mais duas inglesas que também estavam ficando no nosso hotel. Dei altas risadas tentando imitar o sotaque delas; aprendi várias coisas sobre a Inglaterra e depois fomos todos para um outro lugar que ia tocar reggae.

The English Team




Era super-ajeitado, uma puta pista de dança e lá ficamos até mais tarde. Eitcha ressaca brava! Nevertheless, acordei relativamente cedo e a Cristina já estava de pé. Resolvi retornar às primeiras cachoeiras pra saltar mais. Heidi ficou desmaiada na cama e fomos só eu e a Cristina. Passamos quase o dia todo lá, só comendo frutas, nadando, saltanto e jogando conversa fora .

Cristina estuda em Londres e seus parentes estão espalhados pelo mundo. O pai, no Quênia, a mãe na França - se não me engano - os irmãos em outros lugares cujos nomes não recordo. Ao retornarmos à vila, encontramos com a Heidi e compramos um vinho pra mos à noite. Juntou-se a nós um holandês, meio patetão - mas gente boa - que procurava companhia. Depois de secarmos a garrafa de 2 litros, todos dormimos como anjinhos!

Segundona, dia 16, Cristina deixou o endereço e telefone de San Jose para nos encontrarmos mais pra frente. Ela estará em Puerto Viejo de Talamanca em alguns dias também. Heidi e eu tomamos rumo a Santa Tereza, um lugarzinho abarrotado com surfistas e muitos quilômetros de praia. Estamos alojados num lugar que se chama TRANQUILO BACKPACKERS, um hotel lindíssimo e limpo.





















Aqui, desde a manhã até agora, já conheci umas 50 pessoas do mundo todo. Aliás, é impressionante como os europeus viajam por longos períodos de tempo. Todos que encontro estão sempre viajando por três, quatro ou mais meses e por vários paises. Tem maluco espalhado pra todo lado; gente jogando poker, gente tocando violão, nas redes, assistindo àTV ou fuçando nos computadores….Ah, aqui tem internet grátis e café da manhã! Pra quem quiser vir para as praias daqui, totalmente recomendo TRANQUILO BACKPACKERS . Custa em torno de 10 dólares por dia e é limpíssimo, com uma cozinha comunitária enorme, onde todos acabam cozinhando a própria comida. Entretanto, fica tudo super limpo e organizado, pois, aparentemente, a educação européia faz com que todos lavem todas suas loucas imediatamente após o uso. É DEMAAAAAAIIIIIISSSS! Não consegui memorizar o nome de quase ninguém ainda, pois é gente demais de diversos países.

6 LADRÃO... Hi, eles não sabem Truco
















Ainda há pouco estava de papo com dois australianos que acabaram de chegar do Brasil, passaram carnaval no Rio, foram pra Floripa e não paravam de falar bem…. Ambos dizem que o Brasil é o melhor lugar do mundo e que este ano ainda vão pra passar pelo menos mais dois meses. Disseram que o melhor evento de esportes que já foram na vida foi um FLA X VASCO. OLHA, não dá nem pra contar tudo nem sobre todos com quem encontro e converso. Espero que as fotos mostrem um pouquinho. Na parte da tarde, alugamos uma prancha e ganhamos outra de grátis da Zhoe, uma amiga alemã da Heidi. Elas se conheceram na Guatemala e ela está trabalhando aqui agora. Peguei umas ondinhas marromenos! Retornamos e cozinhamos um Linguini ao alho e óleo, com manjericão fresco e azeitonas… Show de bola!



Só que fizemos muito… erramos na medida do macarrão, mas, como em Hotel de Surfistas nada se desperdiça, tem sempre um montão de nego de larica, logo achamos quem comesse e já conhecemos mais uns dez. Hahahaha!
Bom, o resto de Santa Tereza conto junto com os causos da costa do Caribe! Beijus e boa noite proceis, porque já estamos numa turma de mais de 30 pra ir para uma festa reggae km a uns 50 aqui do hotel!!!
Fuuuuuuiiiii!!